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Foto : A carne do boi pode ser orgânica, mas o respeito à sua vida é orgânico ?....
Hoje o conceito de "orgânico" garante apenas que no produto não há resíduos
químicos ou outros compostos indesejados. O respeito à vida e as regras de uma
boa saúde dependem do espírito crítico e dos valores de cada pessoa.
Há também o açúcar branco orgânico, o café orgânico e é possível até a fabricação
de um cigarro orgânico. Você é quem sabe se pode ou não consumir, e se consumir,
em qual quantidade.
Agricultura – técnica – transporte – armazenamento – indústria - meio ambiente e saúde - Semi-processados - Carne orgânica - Agriculturas alternativas - Natural - Biodinâmica - Permacultura - Biológica - Agro-silvo-cultura - Biológica - Racional - Manejo florestal.
Nos últimos anos, tem-se observado que as palavras “orgânico, ou orgânica” tem sido aplicadas, aparentemente, com sentidos inadequados. Este fato advém das recentes transformações em seus conceitos promovidas pela dinâmica social de apropriação de novos conhecimentos, experiências e mercados. Por exemplo, nota-se, em alguns trabalhos, alguma confusão entre produtos orgânicos e alimentos orgânicos. Estes últimos foram os primeiros resultados produzidos pela forma alternativa da agricultura denominada “orgânica”. Logicamente, os alimentos se inserem na expressão “produtos”. No entanto, estes, - os produtos - por força de novas ampliações de sentido, estendem-se aos alimentos semi-processados ou processados industrialmente e, mais atualmente, aos artefatos produzidos com o emprego de matéria prima advinda de técnicas agrícolas orgânicas.
De fato, todas as áreas ligadas à questão da conceituação de “orgânico ou orgânica” afluem, com muita rapidez histórica, em busca desta alternativa, elegendo-a como a forma de produção agrícola principal e subsidiária da, também, recente e rápida conscientização sobre as causas básicas da saúde humana e dos atuais, e também, urgentes requerimentos de proteção ao meio ambiente.
Foto : Alimentos industrializados e semi-industrializados são agora considerados "orgânicos", desde que, em todas as fases de produção, transporte e armazenamento não sejam inseridos resíduos químicos tóxicos ou duvidosos, além de terem a garantia de não conterem qualquer substância ou composto nocivos ou potencialmente nocivos à saúde humana. A preservação ambiental e a responsabilidade social também estão inseridas no atual conceito de "orgânico".
A forma alternativa de agricultura dita “orgânica” consagrou-se como a primeira a utilizar-se do sentido desta palavra, de onde provieram todas as recentes conceituações relacionadas.
Originariamente, o termo “orgânico”, ou “orgânica” referia-se à matéria orgânica como base da nova e emergente forma de cultivar a terra, em contraposição à crescente produção, em larga escala, de alimentos obtidos a partir da adubação química. Até hoje, embora a própria agricultura convencional admita os inconvenientes à saúde e ao meio ambiente promovidos pelas técnicas de adubação e controle químicos, não se conseguiram opções de produção que atendessem a demanda mundial de alimentos e, ao mesmo tempo, não apresentassem riscos à saúde e ao meio ambiente.
A partir desta lacuna é que a forma alternativa de agricultura dita “orgânica” é aceita e toma impulso, principalmente a partir dos anos 80. A evolução das sociedades humanas demonstra que toda inovação benéfica, e logicamente incorporada no meio social, é rapidamente absorvida por setores que, de alguma forma, se relacionam e manifestam interesses de apropriação. Neste contexto, o conceito de orgânico sofreu novas definições e aplicações.
Desta forma, temos, por exemplo, que os sentidos de “organização”, de matéria que se desintegra para possibilitar uma nova integração, de “órgãos” que trabalham em sincronia e em interdependência, de interações sistêmicas, plasmaram um novo conceito de orgânico, na tentativa de representar não apenas a matéria orgânica, mas também a sincronia, o sinergismo e a interdependência de todos os elementos ambientais e biológicos do planeta. Este conceito, ainda incipiente nas consciências, emerge, forte, para suprir a necessidade de um símbolo que coordene e integre as soluções para uma humanidade postada diante de ameaçadores problemas : os sociais, os de saúde e os ambientais.
Tudo tem um preço. A absorção – e em certo sentido, a apropriação – por parte da agricultura orgânica - , de princípios que eram os focos de outras formas de agricultura alternativa, como a biológica e o sistema permacultural (além da incorporação de características para além de sua proposta inicial), custou-lhe uma tendencial perda de identidade. Com a inclusão das “carnes orgânicas”, dos alimentos orgânicos industrializados e das roupas e utensílios fabricados a partir de matérias primas cultivadas por técnicas que não agridem ao meio ambiente e, principalmente, com a oferta de alimentos e materiais, da mesma qualidade, produzidos pelas outras formas alternativas de agricultura – a ecológica, a permacultural, a natural, a biodinâmica e setores da própria agricultura convencional - , a agricultura orgânica perdeu parte de sua importância como a única responsável pela, digamos simbolicamente, “revolução verde-rosa”, onde soluções aos problemas ambientais e de saúde são buscados.
Há, atualmente, uma tendência dos focos das várias correntes alternativas de produção de alimentos se mesclarem. A preocupação distintiva da agricultura ecológica cedeu os princípios de proteção à biodiversidade e ao meio ambiente à agricultura orgânica, e a outras. O foco principal do sistema permacultural de produção de alimentos cedeu seu princípio de sustentabilidade ambiental e social à agricultura orgânica, e a outras. A preocupação original, única e incisiva com a saúde humana está sendo transferida da agricultura orgânica para as outras. Da mesma forma, o centro de caracterização da agricultura biodinâmica, da natural, e de outras menos conhecidas e não menos importantes, estão se “desfocando” em direção a um ambiente onde os maiores benefícios de cada uma delas se misturam, em um todo unificado, com o propósito de possibilitarem elementos positivos de uma necessária e urgente transformação nas relações entre homem e natureza, e entre grupos e sociedades humanas.
Relacionando estas mudanças e trocas de valores, princípios e conceitos, temos que, finalmente, os produtos orgânicos – alimentos e outros - antes apenas fornecidos pela agricultura orgânica, são também ofertados, hoje, por todas as formas de agricultura alternativa, além da própria convencional. O que explica, na prática, esta transformação sócio-econômica é a tendencial mistura de princípios e técnicas acima exposta. As técnicas orgânicas de produção, direcionadas à saúde, se fundiram com as técnicas de produção ecológica direcionadas à vida e ao meio ambiente. O próximo passo é a absorção completa de todos os resultados positivos advindos desta tendencial união pela agricultura convencional, quando, então, as alternativas futuras serão outras.
( O mesmo fenômeno está ocorrendo entre a medicina convencional e as várias formas alternativas de medicina e técnicas de prevenção e cura )
Desculpe os erros de formatação....Blog em construção
Luiz A. V. Spinola, novembro/2009
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