Ecovilas e Comunidades, níveis de compartilhamento nas ecovilas ou comunidades, kibuts, eco-aldeias, ashrams, comunidades de vivência,
ECOVILA OU COMUNIDADE ?
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Quando em uma ecovila, as atividades
em conjunto ou os compartilhamentos
de recursos e consumo forem intensos,
ela deverá ser denominada de
"comunidade", ou outro nome similar
relacionado ao conceito do social. |
O nível de compartilhamento básico
Uma ecovila pode ter vários níveis de compartilhamento. O nível mais inferior é o da ecovila padrão, ou seja, uma vila, ou mesmo um bairro, onde os moradores tem as mesmas preocupações ecológicas e constroem, em suas unidades individuais, modelos que representam uma maior sustentabilidade. As atividades ou construções conjuntas são mínimas.
Níveis mais profundos, que compartilham mais tempo e recursos
A partir deste nível básico de compartilhamento seguem-se os outros, cada vez mais profundos, até que se chega ao ponto em que a ecovila se transforma em uma comunidade de vivência, agregando, geralmente, outros princípios e conceitos além das questões ambientais e ecológicas. Isto é normal e necessário, pois pessoas e famílias que compartilham muito de seu tempo, de suas construções e de seus afazeres desejam estar ao lado de outras que gostem das mesmas coisas, que tem os mesmos ideais ou práticas, como por exemplo, o espiritualismo, o vegetarianismo, as modalidades anárquicas de convivência, etc....
Quando deve deixar de ser "ecovila" para ser uma "comunidade" ?
Então, quando o nível de compartilhamento se aprofunda, torna-se mais adequado denominar o agrupamento humano de "comunidade" e não de ecovila. O conceito de ecovila, neste caso, torna-se menos relevante e se iguala, ou mesmo torna-se inferior, ao conceito dominante, que mantem o foco dos objetivos dos participantes. Uma comunidade espiritualista, por exemplo, irá se estruturar na forma de uma ecovila porque "atender os requerimentos com a vida e o seu meio" já começa a ser, nos dias de hoje, uma condição imprescindível a qualquer empreendimento ou agrupamento humano. Ou seja, a busca pelos valores inclusos na palavra "ecovila" já está se tornando necessária em todos os setores humanos e transita, pois, para o convencional.
Sócio-Ecovila ou Ecovila Social ? - Uma visão sistêmica
No entanto, sob um angulo de compreensão sistêmico, compreende-se a estreita ligação entre as realidades ecológicas e as sociais. O sucesso de cada uma depende da outra. Desta forma, só será possível a existência de uma verdadeira ecovila (aspecto ecológico/ambiental) se esta considerar que a forma das relações sociais - a comunidade - é parte integrante das características das quais dependem as vidas e o ambiente constituintes da ecovila. Neste sentido, toda ecovila é, ou deve ser, uma sócio-ecovila e toda comunidade é, ou deve ser, uma ecovila social. Assim, um grupo de vegans irá expressar : "Nós criamos esta ecovila porque achamos que - no que concerne aos animais - a forma mais ecológica e sustentável de se viver é o ser humano não criar animais para comer, além de ser totalmente coerente com esta escolha/necessidade. Também, nos associamos porque gostamos de estar próximos de pessoas que compartilham das mesmas ideias, valores e ações". O primeiro motivo, é o ecológico/ambiental e o segundo, é o social.
Comunas, aldeias, ashrams, kibuts....
Ecovila, comunidade ou ecovila-comunidade ? Comunidades, repúblicas, comunas, aldeias, ashrams, eremitérios, kibuts e tantas outras denominações para os mais diversos agrupamentos humanos são "os nomes dos bois". Ecovila é um conceito recente, que agrega aos agrupamentos a preocupação com a vida e o meio ambiente. Creio que "ecovila", em seus primeiros passos, apropriou-se do conceito de "comunidade" e de suas várias formas de expressão. O seu futuro parece estar fadado à exclusiva aplicação ao seu sentido direto : uma vila ecológica. Porém, como no futuro as vilas e as cidades terão de ser necessariamente ecológicas, então a aplicação do termo "ecovila" será algo do passado, quando os seres humanos principiaram a reconhecer que somente seria possível a sua continuidade no planeta se suas formas de agregação se harmonizassem com a natureza.
Conclusão : que nome dar ?
Enfim, na atualidade, tanto faz aplicar-se o termo ecovila ou comunidade, ou outros similares, desde que estejam claras as proposições dos seus fundadores, bem como a sua formação e desenvolvimento ao longo do tempo estejam sendo coerentes com os objetivos a serem perseguidos, sejam eles ecológicos ou sociais. No entanto, se o foco de uma associação de vivência for mais social, deve-se cognominar tal associação de "Comunidade", "Comuna", "Kibut", etc...., e se a maior preocupação for realmente as questões relacionadas à ecologia e ao meio ambiente, que se dê o cognome de "Eco-vila", "Eco-comunidade", "Eco-aldeia", etc....
Luiz A.V. Spinola - Janeiro/2014
Email que serviu de base ao texto acima :
Aprendizado
"....Foi um aprendizado muito grande, pois somente agora é que estou me recompondo. Já sabia teoricamente que este processo é delicado, inclusive com algumas experiências práticas no passado (mas não com ecovila-comunidade).
Cuidado com as expectativas
Preciso rever mais e reescrever o projeto. Este tipo de chamamento atrai muito as pessoas e gera nelas grandes expectativas, que muitas vezes não correspondem à realidade. Então preciso ser mais claro em apresentar minhas propostas.
Tudo a seu tempo e em seu lugar
Basicamente, é o seguinte : gosto de estudar sobre as ecovilas e para mim é um desafio o convívio social, o compartilhamento, a vivência em uma grande família, etc....No entanto, na prática, este elevado ideal se esbarra em características pessoais. Mas isso não é motivo de desistência. Apenas de colocar cada coisa em seu lugar e no tempo certo. Tudo precisa ser bem claro e dinâmico, a fim de atender todas as diferenças.
Sou um sonhador, um idealista. O meu maior prazer é ver principalmente os jovens criando comunidades anárquicas e convivendo muito próximos uns dos outros em alegria e fruição positiva de forças.
A necessidade de espaços e momentos individuais
Os de mais de 40 anos, como eu que tenho 60, tem maior tendência à cristalização. Na hora H, a gente preza mais pelo tempo e o espaço individual. Preciso respeitar isso em minha própria vida. Mas esta característica - a das pessoas terem de ter seus espaços e tempos privados - uns mais e outros menos, não impede a formação de ecovilas-comunidades. Apenas temos de criar ambientes apropriados para atenderem a cada nível de compartilhamento que cada pessoa está apta para assumir em certo momento de sua vida. (estou gostando de te escrever, pois depois este texto inspirará algo para ser compartilhado !!). Por exemplo : por questões várias, agora vou propor que quem desejar se ingressar na luta dos sem terra para um dia ter um pedaço de chão para si, sua família e parte para coletivos, que venha morar aqui de forma individual, por sua própria conta, MAS PRÓXIMO DE MIM E DE OUTROS QUE VIRÃO. Como primeiro passo, esta proximidade com auto-suficiência e individualidade é o mais importante. Depois, aos poucos, os níveis de compartilhamento vão se aprofundando, à medida que afinidades vão sendo descobertas e construídas.
Embora unidos por um objetivo, independentes
Na Bahia deverá ser a mesma coisa. Sei que não é fácil alguém, ou uma família, agir por si mesmo, principalmente logo no início, quando se tem apenas intenções e alguma estrutura física, recebendo apenas orientações e pouca ajuda. Mas a proposta é essa mesmo : convidar as pessoas para ajudarem este processo de construção de ecovilas em seus primeiros passos. Seremos unidos o mais que pudermos, porém cada um (ou família), com a máxima independência possível, também. A casinha continua lá na Bahia esperando....Está apenas meio largada. Estive lá estes dias e deu vontade de voltar a morar....Até postei outra série de fotos do interior da Bahia, a maioria tiradas lá na localidade Caroba.http://ambientecultural-blog.blogspot.com.br/search/label/Fotos%20do%20Interior%20da%20Bahia%203
(Ao terminar esta série de fotos, tem outros links)
Ler com mais atenção
Então, N e M....!!....Leiam mais detalhadamente a página de divulgação para compreenderem melhor as duas propostas :
Possibilidades
Depois de tudo bem claro, será um prazer receber vcs aqui em São Carlos para conhecerem presencialmente !! Há também a Ecovila Tibá, já em formação e andamento, e uma possibilidade da Veracidade (uma ong) ser a responsável pela formação de uma ecovila urbana em 24.000 metros conseguidos, além de uma ecovila a uns 20 km daqui, em formação.
Um abração amigo....Luiz
do conhecimento para incentivar a participação e facilitar o acesso
e de erupções vulcânicas - Inédita pesquisa sobre o magnetismo solar !!
seus colaboradores e projetos. Desta forma você também ajuda a
CONSTRUIR UMA NOVA HUMANIDADE !!ContatoEmail, endereço, telefones atualizados
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JANELAS E PORTAS ABERTAS 
Hidroponia orgânica, canteiros hermetizados, pilão, bioconstrução, construções e moldagens em bambu, aquaponia, minhocário, biodigestor, captador solar, captador eólico, captador de água, organoponia....e mais, e mais, e mais....!!!! 
